O Botafogo tomou uma decisão de olho no jogo de logo mais contra o Boavista que deixou visível a hipocrisia do futebol brasileiro. Ao preservar jogadores que voltam de lesão, como Luiz Henrique e Jeffinho, o clube levou em conta as condições do gramado de Saquarema. Já tinha falado aqui sobre essa situação no passado. Mas com Boavista, Audax e Sampaio Corrêa atuando lá, com vários jogos, a coisa só piorou.
A decisão da diretoria ou da comissão técnica botafoguense leva em conta o que eles presenciaram nos jogos lá. Parte da imprensa já fez críticas. Mas quando o gramado não é sintético pelo visto tem toda liberdade para ser ruim e prejudicar os atletas e o espetáculo.
Tapete ou pasto?
Se perguntar para qualquer atleta profissional se ele prefere jogar em um tapete ou em um gramado ruim, logicamente que a primeira opção vai prevalecer. Creio que a situação não mude apenas porque o tapet em questão é sintético.
Alguns clubes que criticam o gramado sintético colocam seus atletas de categorias de base para jogar neste tipo de grama. Mas por posicionamento político, simplesmente jogam contra os tapetes. Algumas associações de atletas sobem o tom quando o assunto é o sintético. Mas aceitam os pastos pelo Brasil. Por quê?
Por uma questão de bom senso a CBF não proibiu o uso do gramado sintético no futebol brasileiro. Curiosamente estes são opções de clubes que cada vez mais tentam se organizar fora de campo e mostrar gestões profissionais. Já alguns clubes, que sequer têm estádio próprio, preferem dar pitaco no gramado dos outros. Essa é a hipocrisia do futebol brasileiro.