Muitos homens ainda relutam em procurar atendimento médico, mesmo diante de sintomas persistentes. O Dr. Lawrence Aseba Tipo explica que isso se deve, em grande parte, a construções culturais que associam masculinidade à resistência e à força física. Ir ao médico, para alguns, ainda é visto como sinal de fraqueza ou vulnerabilidade. Essa mentalidade ultrapassada pode atrasar diagnósticos e agravar problemas de saúde que seriam simples de tratar se descobertos precocemente.
Qual o papel da cultura na negligência da saúde masculina?
Desde cedo, muitos meninos são ensinados a “aguentar firme”, “não chorar” e “não reclamar de dor”. Essas mensagens culturais silenciosas moldam comportamentos que se estendem até a vida adulta, criando barreiras emocionais para buscar cuidados médicos. O resultado disso é uma população masculina que, muitas vezes, só recorre ao sistema de saúde em situações emergenciais, quando os problemas já estão avançados.

Como o machismo influencia na saúde do homem?
O machismo, além de prejudicar as relações sociais, também afeta diretamente a saúde dos próprios homens. A ideia de que “homem de verdade não adoece” impede muitos de realizarem exames de rotina, falarem sobre emoções ou buscarem apoio psicológico. Lawrence Aseba Tipo relata que esse comportamento coloca os homens em maior risco para doenças evitáveis e também contribui para índices mais altos de mortalidade em comparação com as mulheres.
O que impede os homens de falarem sobre saúde mental?
A saúde mental ainda é um grande tabu entre os homens. Muitos têm dificuldade em expressar sentimentos como tristeza, ansiedade ou medo, o que pode levar ao isolamento e ao agravamento de transtornos emocionais. Essa resistência em buscar apoio psicológico vem do medo de julgamento e da crença de que é preciso resolver tudo sozinho, o que só perpetua o sofrimento em silêncio.
@lawrenceasebatipo Saúde Masculina_ Principais Desafios e Estratégias de Prevenção com Dr. Lawrence Aseba Tipo Dr. Lawrence Aseba Tipo compartilha os principais cuidados que os homens devem ter para prevenir doenças e manter uma boa saúde ao longo da vida. Com foco em prevenção, ele explica estratégias eficazes para uma saúde física e mental equilibrada. Conheça as práticas essenciais para viver com mais qualidade e bem-estar. #LawrenceAsebaTipo #AlawrenceAseba #LawrenceTipo #médicoLawrence
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A sociedade contribui para esse comportamento?
Sim, a sociedade exerce grande influência sobre como os homens percebem e cuidam da própria saúde. O Dr. Lawrence Aseba Tipo frisa que a falta de campanhas específicas voltadas ao público masculino, bem como a pouca abordagem do tema nas mídias, reforça a ideia de que esse cuidado não é prioritário. Além disso, ambientes de trabalho que valorizam a produtividade acima do bem-estar também dificultam o acesso a consultas e exames preventivos.
Qual o impacto dessa negligência nos números de saúde pública?
A negligência da saúde masculina se reflete em dados preocupantes. Homens vivem, em média, menos que as mulheres e têm maior incidência de doenças cardiovasculares, câncer e suicídio. A ausência de políticas públicas voltadas especialmente para esse grupo agrava ainda mais o cenário, tornando urgente a criação de estratégias que incentivem o cuidado preventivo e a quebra de tabus.
O que os homens podem fazer para mudar esse cenário?
Segundo Lawrence Aseba Tipo, assumir o protagonismo na própria saúde é o primeiro passo. Isso inclui agendar exames de rotina, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas e, principalmente, buscar ajuda profissional sempre que necessário. Conversar abertamente com amigos e familiares sobre saúde física e emocional também ajuda a desconstruir preconceitos e normalizar esses cuidados.
Como a sociedade pode apoiar essa transformação?
É fundamental que a sociedade promova um ambiente acolhedor, com campanhas educativas que incentivem os homens a cuidarem de si mesmos sem medo de julgamento. Famílias, empresas, escolas e instituições de saúde devem se unir para construir uma nova narrativa, em que o autocuidado seja valorizado como um sinal de força, não de fraqueza. Só assim será possível mudar essa realidade e garantir mais qualidade de vida para todos.
Autor: Cowper Persol